acabou.
os dorminhocos
21.8.13
14.4.13
Um Atlas é um corte no arquivo que torna visível, pela montagem, os elementos múltiplos de que nos servimos.
(GDH, entrevista)
24.2.13
No processo de trabalho a atividade do homem efetua, portanto, mediante o meio de trabalho, uma transformação do objeto de trabalho, pretendida desde o princípio. O processo extingue-se no produto. Seu produto é um valor de uso; uma matéria natural adaptada às neces- sidades humanas mediante transformação da forma. O trabalho se uniu com seu objetivo. O trabalho está objetivado e o objeto trabalhado. O que do lado do trabalhador aparecia na forma de mobilidade aparece agora como propriedade imóvel na forma do ser, do lado do produto. Ele fiou e o produto é um fio.
(O Capital, capítulo V, Processo de trabalho e processo de valorização)
16.2.13
G = Gestures (Gestos)
HF visitou a exposição Face à l'histoire
no Centro George Pompidou em Paris, em 1997,
e parou diante da Guerra sem Corpos (1991-
1996), de Allan Sekula. Essa série de nove fotografias
coloridas documentava um gesto repetido:
adolescentes, bebês e seus pais numa festa
de comemoração pela Guerra do Golfo, na El
Toro Marine Corps Station, Santa Ana, em abril
de 1991, apontam em direção a um caça aéreo
ou colocam seus dedos nos canos de suas
armas. HF admitiu sentir inveja; gostaria de ter
mostrado esse ritual. Seis anos mais tarde, em
Washington, observando como as pessoas tocavam
a parede de granito negro do Memorial
do Vietnã, HF decidiu documentar os peregrinos
e devotos que identificavam os nomes de
sua família e amigos. Esses dois momentos forneceram
o ponto de partida para Transmission
(2007), em que as palmas alongadas e os traçados
feitos pelos dedos constroem um retrato da
instabilidade e da resistência. O gesto de tocar
forma um circuito de trocas; os humanos doam
seu esquecimento ao mineral, que o guarda
para eles; e em troca, os memoriais doam sua
permanência aos humanos, cada qual se livrando
do fardo da memória, fazendo da pedra uma
fonte de conforto. O granito lembrará.
HF visitou a exposição Face à l'histoire
no Centro George Pompidou em Paris, em 1997,
e parou diante da Guerra sem Corpos (1991-
1996), de Allan Sekula. Essa série de nove fotografias
coloridas documentava um gesto repetido:
adolescentes, bebês e seus pais numa festa
de comemoração pela Guerra do Golfo, na El
Toro Marine Corps Station, Santa Ana, em abril
de 1991, apontam em direção a um caça aéreo
ou colocam seus dedos nos canos de suas
armas. HF admitiu sentir inveja; gostaria de ter
mostrado esse ritual. Seis anos mais tarde, em
Washington, observando como as pessoas tocavam
a parede de granito negro do Memorial
do Vietnã, HF decidiu documentar os peregrinos
e devotos que identificavam os nomes de
sua família e amigos. Esses dois momentos forneceram
o ponto de partida para Transmission
(2007), em que as palmas alongadas e os traçados
feitos pelos dedos constroem um retrato da
instabilidade e da resistência. O gesto de tocar
forma um circuito de trocas; os humanos doam
seu esquecimento ao mineral, que o guarda
para eles; e em troca, os memoriais doam sua
permanência aos humanos, cada qual se livrando
do fardo da memória, fazendo da pedra uma
fonte de conforto. O granito lembrará.
É quando fazemos a experiência da noite, na qual todos os objetos se retiram e perdem sua estabilidade visível, que a noite revela para nós a importância dos objetos e a essencial fragilidade deles, ou seja, sua vocação a se perderem para nós exatamente quando nos são mais próximos. (GD-H, O que vemos, o que nos olha)
Matéria sensível ao conceito.
10.2.13
8.2.13
4.1.13
19.12.12
Zum vergleich (Em comparação), 61', 2009, Harun Farocki
Há uma coisa de simplicidade que não é pouca coisa.
Há uma coisa de diferença de cores que não é pouca coisa.
Há uma coisa de interesse e respeito que não é pouca coisa.
Há História num grau concentrado.
Há em sua estrutura um pilar: imagem dialética.
Quantos pés na bunda serão necessários?
Escrever sobre esse? Aquele? Aquele?
Olé.
Decidir.
27.10.12
Por outro lado, vários desses personagens de Debret têm um ar
distante, de quem se mantém um tanto apartado das circunstâncias. No
vendedor de flores, a elegância do gesto talvez justificasse a opinião
de historiadores que, como Jeanine Potelet, criticaram Debret por criar
uma "[...] imagem sem inquietude nem pesar de negros que compartilham a
plenitude serena das figuras antigas". Não me parece falso, no entanto,
identificar no gesto estudado uma resposta ao excesso de proximidade
decorrente dessas atividades meio promíscuas, em que a necessidade do
escravo dava ocasião ao exercício da arrogância dos brancos. Um pouco
como o garçom de Sartre, que para manter a liberdade comporta-se como autômato.
(A forma difícil, Rodrigo Naves, pp. 85-87)
Ora, bolas: O som ao redor!
Pé na bunda dos franceses.
lembrete: não esquecer de mudar tudo.
26.10.12
21.10.12
lembrete:
Profusão de imagens dialéticas,
lições de História e espelhamento:
O som ao redor, Kleber Mendonça Filho, 2012
Tabu, Miguel Gomes, 2012
Profusão de imagens dialéticas,
lições de História e espelhamento:
fundir tempos distintos não é torná-los indicerníveis,
mas o contrário –– a necessidade de fundi-los os torna notáveis;
para se filmar a ausência é preciso compreender como filmar ruínas,
pois é lá que as coisas estão unidas mudamente;
falar do Cinema –– pela forma e como forma histórica –– se torna incontornável.
12.10.12
2.10.12
17.9.12
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