24.1.11



jogado num canto freqüente 
o riso esquecido 
que coloca a jubilosa dúvida: 
sou eu um farsante? 

daí derivam duas hipóteses 
roçando sobre meus pés: 

1. se produzo falsidades sem consciência 
gozo o estado de enganar-me e enganar a todos 
sem saber do dito e do acontecido. 

2. se produzo falsidades cônscio 
gozo o estado mais puro do inventor 
sabendo que nada é o que deve ser. 

entorto o horizonte 
com o desejo de reencontrar noutro canto 
a cócega esquecida que rirá sempre 
sou eu um farsante?


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