29.12.08

Sangue de pitangueira

As coisas apareciam e "tem de ser isso". Às vezes chegava-se ao exagero de "só pode ser isso!". Mas nunca vira um "sai da frente filhadaputa é isso ou todomundomorre!!!". Era realmente uma joinha rara e preciosa de situação. Lá no campo entre os cabras e mulatas conhecia muito bem as coisas ditas "mais simples" pelos homens rosas da cidade. Todos eles sabiam demais as "mil maravilhas" da técnica do photoshop e do kama sutra, mas eram todos de bites e de memória falha. Então agora aparece essa explosão enorme de situação, gente emocionada e no limite e o que eles podem fazer nessas horas? São estúpidos, porque quando alguém diz filhadaputatodomundovaimorrê é porque todo mundo vai realmente morrer e aí não se pode ser frouxo, não. Ou você bota em prática, ou se satisfaz com o passadinho.
Sábiamente como as pitangas que caíam em sua cabeça newtoniana, apareceu outro "tem de ser isso" a sua frente e lá foi como uma mosca suicida, linha reta. Obviamente que morreu e se estraçalhou, mas não é isso exatamente que importa, ainda que veremos isso na retrospectiva do fim do ano, a questão é que ele estava intacto lá no campo entre as mulatas, e seria lembrado e ressucitado como um cabra de tem-de-ser e não de que ia-ser.
A moral da história é que uma moral e um queixo não se cortam da mesma maneira que um queijo. Se cortam como uma julieta e um romeu, depois daqueles almoços pesadíssimos de Dona Naná, lá do lado das pitangueiras.

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