5.4.11


Recomeçar pelo básico: apontando lá para fora eu vejo alguma coisa.
Ainda veremos o que não vemos. Eis um novo mantra.
Ainda veremos... soma-se ao nunca arcaico Mas ainda assim...
Nada como ser professor e aluno de si mesmo; o método poderia ser definido também como teimosia.
Teimosia em achar que não há verdade nenhuma além daquela que vai parecer a mais importante para si mesmo. A mais afetiva. A mais efetiva. Apontar a câmera para lá, essa besta programada que me traz um bruto, RAW linguístico que me condena à interpretação, ao aprendizado de que aquilo é um mapa que não leva a lugar algum a não ser que eu invente um lugar para este mapa inútil. A imagem como mapa inútil. Ao mesmo tempo em que há um deslumbre um pouco bobo, que baba um pouco, pela condição da câmera, que se vê envolta de um mar de sentidos possíveis, mas ainda assim sobrevive pura e burra. Puramente estúpida.
Nada como um professor tolo para ensinar as melhores lições.
Se fosse possível apenas re-começar... Fazer imagens como um cachorro que persegue sua própria calda. Mesmice originária em movimento.
Pelo básico do básico, então, apontamos a câmera para lá, mas sempre e sempre nunca básico o suficiente. Será este nosso maior defeito, portanto façamos dele a maior virtude. Formado por um mestre estúpido, nos tornamos mancos, e pulamos cada vez mais alto - lá fora.
Estou em casa - o maior cenário possível.

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