6.8.11

... pirataria selvagem das crianças, que farão qualquer coisa— fingimento ou sigilo ou representação— para obter qualquer coisa.
— Palmeiras selvagens, W.F.



Construir e brincar com corpos de tempo. Não "mostrar", mas "flanar". Ainda uma narrativa, mas narrativa modulada de fora dela por aquele que imerge nela. Diluição sempre irrepetível. Brincar com o tempo é perceber que o tempo é modulável, desviável. Entre uma "sala" e outra existe um intervalo inventado pela serialização (de narrativa quebrada) dos elementos, pela diferença e pela repetição. O silêncio do não-lugar (espaço vazio) dá lugar aos ecos quando da ocupação dos corpos (espaço com estômago, orelhas e pernas). A galeria morta vive uma composição simultânea de vida, temporalização e imaginação que evidenciam exatamente as limitações do espaço que contém este corpo instalado, vazando para fora.

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