16.11.11

os vigias do fogo sob as cinzas

Ó, fantasmagoria
como nos devasta
seu poder de falsa natureza.

Ó, fantasmagoria
como devasta
nossa presença em relação a todas as coisas.

Ó, fantasmagoria
um desafio sem nada em troca:
–– devastaria a si mesma?

Talvez lhe ofereçamos uma cama
(que restitua todas as energias,
mas que seja também um leito de morte).

Pois se ainda queima algum fogo,
cuidaremos para que ele a evapore,
em justiça aos que perderam o tato.

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