16.2.13







G = Gestures (Gestos)
HF visitou a exposição Face à l'histoire
no Centro George Pompidou em Paris, em 1997,
e parou diante da Guerra sem Corpos (1991-
1996), de Allan Sekula. Essa série de nove fotografias
coloridas documentava um gesto repetido:
adolescentes, bebês e seus pais numa festa
de comemoração pela Guerra do Golfo, na El
Toro Marine Corps Station, Santa Ana, em abril
de 1991, apontam em direção a um caça aéreo
ou colocam seus dedos nos canos de suas
armas. HF admitiu sentir inveja; gostaria de ter
mostrado esse ritual. Seis anos mais tarde, em
Washington, observando como as pessoas tocavam
a parede de granito negro do Memorial
do Vietnã, HF decidiu documentar os peregrinos
e devotos que identificavam os nomes de
sua família e amigos. Esses dois momentos forneceram
o ponto de partida para Transmission
(2007), em que as palmas alongadas e os traçados
feitos pelos dedos constroem um retrato da
instabilidade e da resistência. O gesto de tocar
forma um circuito de trocas; os humanos doam
seu esquecimento ao mineral, que o guarda
para eles; e em troca, os memoriais doam sua
permanência aos humanos, cada qual se livrando
do fardo da memória, fazendo da pedra uma
fonte de conforto. O granito lembrará.


tornar visível o abstrato


É quando fazemos a experiência da noite, na qual todos os objetos se retiram e perdem sua estabilidade visível, que a noite revela para nós a importância dos objetos e a essencial fragilidade deles, ou seja, sua vocação a se perderem para nós exatamente quando nos são mais próximos. (GD-H, O que vemos, o que nos olha)

Matéria sensível ao conceito.


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