19.11.09

V. Os rebatedores


Os tecidos internos eram mais reservados do que todo o restante que se estendia em ampla pele luminosa. No Dentro havia órgãos discretos e pontuais, oxigenados e emaranhados por células que se estendiam também como as partes de Fora, mas agora em um rio de Explosão, combustível de Impressões Atômicas.

15.11.09

IV. Os rebatedores

Escuridão, negar-se a rebater.

Todos mais tranquilos, se abrindo a conversar, candescentes. Os faróis dos carros não são infinitos, então Decoram as ruas em suas precipitações. Negativo do agora. Os tempos simultâneos se sobrepondo no caos da ausência da imagem única, vem à tona a imagem dupla dos Tempos: este livro no silêncio e na nova cadência é o Livro de todos os tempos; esta coxa à luz de velas na nova candela é a Coxa de todas as coxas.

Intuição bastante simplezinha: No escuro os míopes se vingam.

7.11.09

III. Os rebatedores

Tinteiros infalíveis absorvidos pelas telas que se eximem do que elas próprias dirão a seguir.
Significantes dos Tempos.
Improvável Ordem de letras autônomas, espaçadas entre si:
quando se tocam, notam grave erro de Impressão,
quando se separam, perguntam se duplo é o espaçamento,
sem antes perguntarem o que seria esse Espaço em Times.

6.11.09

II. Os rebatedores

Existiam também aqueles que se desmanchavam com o tempo,
tacando sua Passagem por todos os lugares,
com um medo tremendo da velhice.
Podiam falar de Dali de certa maneira,
e do filme cachoeira em sua melhor panorâmica-tóxica,
com um medo tremendo de também falarem Hans Donner.

4.11.09

I. Os rebatedores

... emergem os preguiçosos que caminham sempre tão pouco,
rebatidos para o lugar mais sem dificuldades
em correspondência das Inversões,

enquanto outros imergem
para outro Lugar,

espectro social
extra óptico
...

2.11.09

Sonia Silk nos lembra o my week beats your year e o pavor da velhice. Pavor.
Já passou o tempo em que o tempo não contava.


em
Copacabana mon amour
1970