16.3.08

Self-made móveis

São tempos de sofá. Um vácuo gostoso, olhos espetados na filosofia sem fundo filosófico. Coisas engraçadas estando ali paradas esperando não-sei-o-quê. Alguém lá em Butão deve estar gripado. Isso se Butão ainda existir (no War tinha), o que não significa que a gripe do butonense deixará de existir também. As fronteiras não são tão profundas quanto um pulmão catarrento. Talvez ele esteja pensando em ir embora agora que seu país não existe mais, ele deve se sentir invisível e toda sua história nas esquinas e vielas foram apagadas com borrachas de asfalto. Não, lá deve ser país agrário, pantanoso. Podiam fazer um filme interessante do Monstro do Pântano, seria a redenção de um cara chato. Talvez passasse na tv e virasse o maior sucesso. De repente meu irmão vai estar vestindo camiseta e tudo, quiçá querendo ir pro Butão, até descobrir que lá já não é lá. Caramba, o relógio é tão barulhento no domingo, fica pedindo atenção. Filho da puta, e o sofá? Olha pra ele, seu egoísta. Esqueci o cobertor, mas são tempos macios. Meu sofá deve valer uns 200 reais. É... ele deve valer isso mesmo. 3 minutos e 38... 40 segundos. Até que não está demorando tanto.


.r

3 comentários:

Jacque disse...

Só tenho uma coisa a escrever: leia Persépolis!

Jacque disse...

Não, não é só isso. A língua oficial do Butão é Dzongkha. (Anotação-mental-útil#467.764.907)

myoshi disse...

ah!... Fabuloso mundo poético de um dia desses. Desses que a gente esquece...