28.12.10



Há uma quixotesquia em Alÿs que nos desloca de nossos lugares púdicos, como pode? ou melhor ainda por quê? O que parece ser nada é alguma coisa, e, às vezes - isso é muito belo, o paradoxo da práxis - fazer alguma coisa não leva à nada. O absurdo - ficarmos sem chão - já é uma pista do que podemos elaborar a seguir:
criar um novo apoio - re-sustentar
questionar o teto
aprender o vôo
aprender a queda
(...)

*


A arte como espelho da sociedade (blablabla); isso é muito importante, pois é um pêndulo em tempo real, atual, portanto passante. A questão reside em meus olhos que se vêem desincronizados com o movimento desta imagem, tanto quanto minhas mãos que tentam acompanhá-la em mímica.
Como atualizar o movimento real / aparente? Como polir espelho-olhos-mãos?


*

A liberdade é um mito camaleão
que em breve se colore opressão.

A opressão é um fato camaleão
que nunca se colore diamante. 






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